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A dica de hoje é muito legal pra quem tem uma marca e deseja expandir para outros tipos de produtos também. Quem tem uma marca, muitas vezes sente vontade de produzir alguns produtos novos, mas que não têm muito a ver com o público que já tem. E então fica na dúvida se deve ou não crescer o negócio para outras categorias de produto. Vem comigo nesse post que vou dar algumas ideias de como expandir a sua marca nesse sentido.
Black Label é uma opção
Pode ser que você tenha uma marca democrática, que tem um preço de venda acessível, mas que você quer começar a fazer um produto bem diferenciado. Por exemplo, nós sabemos que a Hering é conhecida pelos básicos. Imagine, então, que você é o dono da Hering e tem o desejo de fazer alfaiataria, mas fica na dúvida se é uma boa escolha.
Nessa situação, muitas marcas optam por fazer o que se chama de black label (uma marca mais cara e mais elaborada). Ou seja, a marca começa a ter alguns produtos mais exclusivos, com menos volume que os básicos e com o preço de venda mais alto. Esses novos produtos também vão promover os valores da marca, mas fica claro que as pessoas entram na loja, em sua maioria, para comprar o básico, o produto “arroz com feijão”. E essas pessoas podem ver os produtos mais exclusivos e se interessarem por eles também. A segmentação em outro nome de marca ou área no espaço de venda justifica também as faixas de preço diferenciadas. E o mesmo acontece para o inverso.
Submarcas de produtos mais básicos
A Giorgio Armani é uma grande marca italiana e um grande exemplo desse movimento. A marca mostra suas coleções nas semanas de moda da Europa com produtos super inovadores e cheios de informação de moda. Mas o que as pessoas vão comprar no dia a dia em lojas de departamento são os produtos das suas submarcas mais baratas, como por exemplo da Emporio Armani, que é outra marca geralmente trabalhada com camisetas casuais, meias, underwear básica, etc – esta é uma submarca da marca de luxo âncora Giorgio Armani.
Outro exemplo disso pra quem tem uma marca grande e desenvolve linhas para atacado, é a Hope. A Hope tem uma distribuição imensa no Brasil, então é comum encontrar nas lojas multimarcas de lingerie alguns produtos da Hope. O que acontece geralmente é que são as linhas mais básicas da Hope (ou os famosos “bate-caixa”), por exemplo, sutiãs mais antigos, mais simples, que encontramos nas lojas por cerca de R$80, enquanto na própria loja da Hope encontramos produtos mais inovadores, mais caros, que custam por volta de R$120.
É um produto melhor e mais sofisticado, mas bem mais caro mesmo sendo da mesma marca. A Hope lançou no passado a marca da Gisele Bundchen, por exemplo, que são peças mais caras – sutiãs em torno de R$200, que são feitos com matérias primas mais nobres, e um estilo mais bacana. Esse tipo de produto traz um público diferente pra dentro da Hope. E a ideia é fazer uma venda mais sofisticada também ao percentual do seu público corriqueiro que também tem um poder aquisitivo mais alto e pode se interessar por aquele produto mais caro também.
Um último exemplo de grande sucesso é a Agent Provocateur, uma marca de lingerie britânica super descolada e de vanguarda, com produtos bem caros, luxuosos e exclusivos. Eles lançaram uma submarca mais barata chamada L’Agent. Então o sutiã da Agent Provocateur que custava por volta de £100 libras esterlinas (mais de R$600), você conseguia comprar por £50. Esse produto mais básico tinha elementos best sellers da Agent Provocateur e foram produtos muito comerciais. Eles abriram a venda desses produtos da submarca L’Agent para grandes lojas de departamentos, com espaço dedicado para a marca.
Produtos que se complementam
Então essa é uma dica que pode dar muito sucesso no seu negócio. É uma forma de você fazer um produto que tem o desejo de fazer, mas de forma estruturada e sem apenas misturar aleatoriamente com os seus produtos atuais que podem ter outro posicionamento, fazendo com que a nova iniciativa de produtos fracasse naturalmente. Apenas seja cuidadoso para não perder o controle e os valores da sua marca quando crescer demais. Tudo o que você está vendendo precisa se complementar. O produto da submarca precisa complementar o estilo de vida da pessoa que já compra o principal, do seu cliente, atender um outro momento da sua vida, etc.
Seja porque esse cliente vai comprar o produto mais acessível e quando tem a oportunidade de se presentear com algo mais caro compra a black label; seja porque esse cliente vai comprar o produto mais caro e vê uma oportunidade de comprar algo mais básico ou simples junto. Essa é uma forma interessante de trabalhar com diferentes níveis e trazer para o seu negócio produtos que você quer muito trabalhar, mas que no momento não tem muito a ver com o seu público. É uma ideia que funciona para muitas marcas.
E você, já pensou em desenvolver uma submarca ou mesmo já desenvolveu? Conta pra mim!
Se preferir, confira o conteúdo desse post em vídeo.
Um super beijo e até a próxima!
Andressa Rando Favorito
